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segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Ah, não! Anão? Não! Sete!



É isso aí, meu elenco! E segue a fita! Isso é coisa do Roberto Berliner (A Pessoa é Para o que Nasce), do Lula Queiroga (parceiro do Lenine) e do Leo Crivelare: sair pra filmar uma coisa e descobrir outra. Ou outras. Ou sete outras. O Circo Pindorama, que viaja pelo Nordeste do Brasil tendo como principal atração seus donos, um grupo de sete irmãos... anões! “Pindorama - A Verdadeira História dos Sete Anões” é um brilhante documentário, onde as imagens (que devem ter dado a equipe muito trabalho para serem feitas, afinal todo o enquadramento, pontos de vista, subjetivas, tripés, etc. ficaram sempre na altura do elenco principal. Sim, elenco, porque eles não se comportam apenas como objeto do documentário, eles representam seus personagens, os palhaços-anões de um circo. Destaque para a trilha sonora e direção musical de Queiroga, que é um show a parte.

Mas e aí?

Ana Bárbara Ramos dirige o curta “Cabaceiras”. “De posse de um serrote, quatro cabaceirenses põem fim às falsas certezas sobre o nordeste brasileiro”. Isso é o que diz a sinopse do filme. Se alguém assistiu ou vai assistir, por favor, me escreva dizendo o que achou do filme, porque eu não entendi.

O Crime da Atriz é “o” curta!

Inês Peixoto, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna. Esse é o elenco do Grupo de Teatro Galpão (MG), que dá vida ao conto de Arkadi Averchenko, onde uma atriz, inconformada com o reduzido papel que lhe foi designado pelo diretor, resolve mudar sua participação em uma peça teatral. Em meio à cena. Muuuito booom!

Maré: o West Side History de nossa época ou, Maré: o Rock Estrela do Século XXI ou Maré: Beth balança ao som do Funk

Lucia Murat mandou bem. Baseou-se no clássico “Romeu e Julieta” de Shakespeare, para dirigir sua “Maré, Nossa História de Amor”. Num caldeirão onde mistura funk, hip-hop, favela, tráfico, projetos sociais e street-dance, Lucia mostra o drama de um jovem casal que se ama, mas que mora em lugares diferentes de uma mesma comunidade e assim, “pertencendo” a facções criminosas diferentes. Vale à pena lembrar que cada época tem seu musical: “Alô, Alô, Brasil” (1935) de Wallace Downey, João de Barro e Al-berto Ribeiro para a Cinédia, “Amor, Sublime Amor” (1961) de Robert Wise, Os Embalos de Sábado a Noite” (1977) de John Badham, “Rock Estrela” (1986) de Lael Rodrigues. Por que então, em um dos momentos de maior diversidade artística e cultural no Brasil realmente popular, não termos também um musical que retrate isso? E que ainda nos remeta a “Porgy and Bess” dos Gershwin (foto). Já a festa pós-sessão, na Tenda em Copacabana, foi chata, com muita gente fumando (cóf-cóf!)

Corta!

Rolo

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