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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Da arte de ser Pelópidas...



Da arte de ser Pelópidas: 
Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, alagoano que se mudou para o Rio de Janeiro nos anos 30, não imaginava que seria Paulo Gracindo e que faria carreira e sucesso até o fim da vida, no rádio, no cinema, na televisão e no teatro. E sua cine-biografia “Paulo Gracindo - O Bem-Amado”, dirigida e produzida pelo clã dos Gracindo (com Epaminondas, o nosso Gracindo Júnior, à frente), emocionou o público ao mostrar na tela grande, imagens de nossa memória afetiva, onde a televisão e as novelas e os casos especiais tem espaço reservado. Quem não se lembra de Gracindo como o Primo Rico do humorístico de tv Balança Mas Não Cai. Ou, antevendo Cesar Maia, com Odorico Paraguassu, o ardiloso e bufão prefeito da cidade de Sucupira, em O Bem Amado, de Dias Gomes. Há também Os Ossos do Barão e O Casarão, onde Paulo Gracindo interpretou várias épocas e idades. Para os cinéfilos, Terra em Transe (1967) de Glauber Rocha e Tudo Bem (1978) de Arnaldo Jabor, mostram um ator mais maduro e seguro, ousando na interpretação (durante longos anos, Gracindo - um homem bonito - era escalado para papéis de homens elegantes e afetados). Com a maturidade, sua beleza física passou por uma transformação que resultou numa busca e entrega por personagens mais consistentes. Mesmo faltando cenas do espetáculo Brasileiro: profissão Esperança (que fez com a cantora Clara Nunes), este filme que é uma bela homenagem da família ao seu patriarca e, principalmente, ao seu público. E a todos nós.

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