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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Grande Otelo é Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro


Com um bem bolado cenário que evocava a eterna preocupação do homem (e de sua arte – o cinema) com o tempo, o sonho e também a memória, representado através do relógio derretido de Dali, ampulhetas gigantes, e de uma animação com um relógio de engrenagens à mostra, que ora mostrava o tempo passando, ora servia de telão para mostrar os candidatos aos prêmios e os homenageados. Foi assim, entre celebridades, repórteres do Pânico na TV e fotógrafos com lugares marcados lááá em cima nas frisas e curralzinho para trabalhar na cobertura que o Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro 2007, consagrado pela Academia Brasileira de Cinema, foi apresentado ontem no Rio de Janeiro. Com vencedores nas 23 categorias, que levaram pra casa o troféu Grande Otelo, uma curiosa escultura de João Uchôa que lembra uma jabuticaba, a premiação mostrou a força do cinema brasileiro, bem representada pela Academia Brasileira de Cinema. Filmes que entraram em cartaz nacionalmente tiveram expressivas bilheterias, foram parar nas prateleiras das locadoras e no reino da pirataria, receberam o “Grande Otelo”.

Nos agradecimentos, Lula Carvalho, eleito o melhor Diretor de Fotografia d filme Tropa de Elite, não se furtou em falar a favor dos direitos humanos e comentar a atual situação da segurança pública no País. O produtor Marcos Prado também fez sua manifestação política, ao abrir uma bandeira do Tibet, quando subiu ao palco para um dos prêmios de Tropa. Até Renato Aragão, um dos homenageados - apresentado pelo “desengraçadíssimo” Daniel Filho - ironizou com sua própria trajetória de mais de 40 anos no cinema, onde “fiz protagonistas que apanhavam dos bandidos na tela e da crítica especializada fora dela”. Os outros premiados agradeceram aos colegas, aos parentes e aos filhos recém-nascidos e por nascer.

Destaque para Hermila Guedes como melhor atriz pelo “O Céu de Suely”, Wagner Moura como melhor ator em “Tropa de Elite” e “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias” de Cao Hambúrguer, o melhor filme de ficção e Otto Guerra pelo longa de animação "Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll".

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