A importância da criação do Fórum se dá pela necessidade do surgimento de políticas publicas direcionadas as comunidades de terreiro, que a partir de então, terá um canal de dialogo que reúna a diversidade religiosa existente no país com sua representatividade, criando assim um espaço de debates permanente com a agenda governamental. Depois de estalada, a primeira reunião este fórum pensará seu formato como um todo, para que as demandas levadas por este segmento possam ser efetivadas e sanadas, “este fórum nasce em um momento em que o estado brasileiro vem, após as várias reivindicações destes religiosos desenvolver um olhar sensível após o marco central que é Durban”, disse o secretário Municipal da Reparação de Salvador Ailton Ferreira.
Para mãe Beata de Yemonjá que se posicionou a favor da criação do fórum disse que “Este tem o papel de ser uma Cnbb (a exemplo da organização católica), para o povo de Santo que dirão quais os temas centrais para o total respeito do estado brasileiro com as religiões de matrizes africanas”.Outro religioso que se posicionou a favor da criação do fórum nacional de religiosos de matrizes africanas, foi Babá Dyba, do Cedrab, Rio Grande do Sul, para ele o fórum “É central por permitir que possamos falar de nós com nós mesmos e por que unidos o povo de axé nunca irá se quebrar”. Para o Tata Libutu Konmannanjy do terrreiro Unzô kwa Mpaanzu de Salvador “Através deste fórum poderemos fazer política sem deixar de olhar nossa ancestralidade”.
Um abraço coletivo do povo de Santo encerrou a reunião que para Pai Anderson de Oxalá do Ilé axé Alá obatalandê em Lauro de Freitas-Bahia “agora realmente acredito que teremos uma linha de dialogo com o governo de forma direcionada e com igualdade”.As representatividades religiosas presentes na conferência saem da mesma então, com o papel de mobilizar seus estados e municípios, pois esta é uma luta que necessita da ajuda do coletivo praticante ou não da religião, pois sendo praticantes ou não todos devem as religiões de matrizes africanas.Completou Pai Anderson de Oxalá.
Luciane Reis
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